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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O DÍZIMO RELIGIOSO É UMA FALÁCIA MEDIEVAL


Autor: Arqueleu Cunha
Ex-pastor da Igreja Adventista do Sétimo Dia
O DÍZIMO RELIGIOSO É UMA FALÁCIA MEDIEVAL E
NUNCA FOI PRATICADO POR JESUS OU POR SEUS APÓSTOLOS
1. Em primeiro lugar vamos esclarecer o que era a lei do dízimo na Bíblia. Era uma lei cerimonial e provisória que servia para alimentar uma família sacerdotal de vida humilde proibida de ter propriedades. Era parte da Velha Aliança escrita por Moisés e que foi abolida por CRISTO ao morrer na cruz. JESUS então instituiu a Nova e Eterna Aliança. A lei do dízimo na Bíblia era alimento e jamais foi dinheiro. Além do mais era uma obrigação somente para os donos de gados, e que tivessem a partir de dez gados, pois quem possuía até o nono gado não dizimava. Também era uma obrigação para os agricultores que produziam em suas terras grãos e frutas. Qualquer outro tipo de atividade não dizimava segundo as leis da Bíblia. Veja na Bíblia Levítico 27:30-32. Depois some a isso: “Nada acrescentes às Suas palavras, para que não te repreenda, e sejas achado mentiroso.” Provérbios 30:6.
2. Quem quer impor tal lei sobre os cristãos é porque “os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em CRISTO, é removido. Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Quando, porém, algum deles se converte ao SENHOR, o véu lhe é retirado. Ora, o Senhor é o ESPÍRITO; e, onde está o ESPÍRITO do Senhor, aí há liberdade.” 2 Coríntios 3:14-17.
3. Ainda se alguém insiste em fazer a bênção depender da prática cerimonial dos dízimos, que é uma lei levítica e que não passa de alimentos e foi engenhosamente transformada em dinheiro, contudo nós “pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de DEUS; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de DEUS, pela manifestação da verdade.” 2Cr.4:2.
4. Adulterando a Palavra astuciosamente, num passado distante, fizeram o dízimo virar dinheiro e o tornaram um requisito de bênção ou maldição para os cristãos. Porém “Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.” Gl.3:10.
5. Se alguém quer restaurar a lei dos dízimos terá que restaurar tudo mais que a lei cerimonial o diz, como o sacerdócio levítico, o Templo no monte Sião, lugar para onde tinha que ser obrigatoriamente levado o dízimo, pois o lugar e o dízimo e os demais rituais eram inseparáveis (e isso será a parte mais difícil porque no lugar do Templo foi construído uma Mesquita islâmica), também terá que restaurar a circuncisão, os sacrifícios, rituais, os sete sábados cerimônias, etc. Mas se para sermos salvos temos que dizimar e se a bênção e “a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu CRISTO em vão.” Gl.2:21.
6. “De CRISTO vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes. Porque nós, pelo ESPÍRITO, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé. Porque, em CRISTO JESUS, nem a circuncisão, nem a incircuncisa têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor. Vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade?” Gl.5:4-7. A circuncisão era para os judeus o que o dízimo de dinheiro se tornou hoje para as ordens religiosas e para os cristãos que conseguiram dominar.
7. Deveriam, contudo mudar o nome de dízimo para imposto religioso, tributo religioso, mensalão ou qualquer outro nome, mas não dízimo, pois dízimo é uma lei cerimonial de alimentos para um sacerdócio levítico da lei de Moisés, pertencente a um sacerdócio imperfeito e provisório de um templo feito por mãos humanas cujos serviços foram abolidos.
8. O dízimo de hoje não é o dízimo bíblico, e assim não pode ser chamado. É como o batismo praticado com um pouco de água na cabeça. É chamado mundialmente de batismo, mas não pode ser chamado de batismo, pois batismo na Bíblia é a prática de mergulhar em água. Tanto a palavra batismo como dízimo está com o sentido corrompido, fazendo a Bíblia dizer o que ela nunca disse.
9. Eu não entrego um dízimo de meus rendimentos para uma organização religiosa porque sou seguidor de JESUS e não de homens.
10. JESUS jamais pagou ou entregou algum dízimo. A promessa de salvação é para o vencedor, e o vencedor é aquele “que guardar até ao fim as Minhas obras,” disse JESUS. Apocalipse 2:26.
11. Dizimar nunca foi uma obra de JESUS, nem dos apóstolos, nem de qualquer cristão. Não existe nem um verso na Bíblia em que a igreja de CRISTO praticava a lei dos dízimos.
12. A lei levítica com o sacerdote, os dízimos que os sustentavam, a circuncisão, sinal desta aliança, o Templo, que era chamada casa de Oração, casa de DEUS, um lugar físico e fixo para adoração, os rituais e os sacrifícios, tudo isso era um ensino provisório e “serviu de aio para nos conduzir a CRISTO, a fim de que fôssemos justificados por fé.” E “tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio.” Gl.3:24.
13. Assim o Templo construído por mãos humanas, o sacerdócio carnal, imperfeito e mortal, os dízimos que os sustentava com comidas, pois jamais foram dinheiro, as bebidas, as abluções e toda sorte de rituais, constituíam a lei cerimonial que foi dada por Moisés “quatrocentos e trinta anos depois” de Abraão. Gálatas 3:24. E era “sombra dos bens vindouros”, “os quais não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas, e bebidas, e diversas abluções, impostas até ao tempo oportuno de reforma”. Hb.9:10.
14. O profeta Malaquias defendeu a lei dos dízimos de alimentos de que falou Moisés para que houvesse comida no Templo e jamais dízimos de dinheiro. Isso ele fez porque viveu no regime da lei de Moisés, quatrocentos anos antes da vinda de CRISTO. Malaquias mesmo foi claro em seu discurso baseado no que ele mesmo disse: “a aliança de Levi”. Malaquias 2:8Malaquiasescreveu para defender a “lei de Moisés” a Velha Aliança e não a Nova Aliança. Malaquias 4:4.
15. Mas depois que JESUS morreu na cruz “aboliu, na Sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças,” “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz”. Efésios 2:15Colossenses 2:14.
16. Desta forma não há um verso no Novo Testamento em que algum cristão praticou a lei de Moisés quanto aos dízimos. Por isso nenhum profeta do Novo Testamento repreende a igreja de CRISTO que não praticava essa lei de dízimos que era uma lei provisória de Moisés.
17. E se alguém está pensando que tem que sustentar algum pastor com 10% de seu salário, onde está esse mandamento no Novo Testamento? Nunca a igreja de CRISTO ou qualquer cristão recebeu dízimos no Novo Testamento. Esse mandamento foi promulgado pelo homem e não por JESUS CRISTO.
18. A final de contas, quem inventou esse dízimo de dinheiro? No sexto século depois da morte de JESUS, a igreja católica romana do Papa inventou um dízimo de dinheiro[1]. No início era algo voluntário para sustentar o novo governo que se estabeleceu na Terra. Esse novo governo usou o nome de igreja.
19. Anos depois da invenção desse negócio, o dízimo de dinheiro já não era suficiente como uma doação voluntária para a igreja. Assim foi que no ano de 785 depois de CRISTO, o rei Carlos Magno, zeloso católico, criou esse dízimo[2] praticado pelas igrejas até aos dias de hoje.
20. Pervertendo as Escrituras os líderes religiosos da idade das trevas, auxiliados pelos reis, criaram um sistema financeiro e deram a ele o nome de dízimo. Falsificaram a religião de JESUS CRISTO e a idade das trevas ainda não acabou para a maioria dos cristãos. Que não haja orgulho nessa questão, mas que humildemente haja reconhecimento do erro.
21. Igreja Católica, inventora do dízimo de dinheiro e do governo religioso, considerada por evangélicos como a Babilônia e o Papa como a Besta, reconheceram a falácia da criação infundada de um dízimo de dinheiro e o Papa Bento XVI extinguiu o termo "dízimos" do quinto Mandamento da Igreja. Promulgado em 28 de junho de 2005 e republicado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
22. Quero todo meu dinheiro de volta, pois fui iludido nesse negócio. Fizeram-me pensar que estava dando dinheiro para DEUS, mas na verdade para um empresa religiosa, para um governo de homens. Será que vão devolver o meu dinheiro para que eu possa entregar finalmente para DEUS? E os meus quinze anos de serviço fiel a essa instituição? Quem pode me devolver? E os danos morais que me causaram por todo constrangimento que passei de ser excomungado, sem contar os dolos extraoficiais frutos das más línguas, as afrontas e injúrias?!
23. Graças a DEUS que apesar de toda injustiça praticada em nome dEle, Ele foi maior em minha vida e hoje olhando para Ele sem os óculos da religião criada pelos homens, posso afirmar que Ele é justo com Seus filhos e que no Reino dEle não há exploração e desigualdade.
24. Te amo mais JESUS, mais que nunca. Celebro tua bondade e justiça, Rei Eterno. Somente Tu És o meu Pastor e nada me falta. Louvado sejas ó ETERNO, pois agora Vós passastes a reinar! Na minha vida foi deixado com César o que era dele, o governo deste mundo; e foi dado a Ti o governo de minha fé. Aconteceu a separação dos poderes. Aos homens os governos do mundo e a JESUS o governo da fé, o Reino dos Céus. Virás buscar o Teu rebanho e não o rebanho dos outros pastores, pois os que se apropriam de ovelhas alheias são ladrões e salteadores.
25. Quem dera entendessem o que dissestes quando desafiado pelos líderes religiosos “Dai a César o que é de César e a DEUS o que é de DEUS.” Mateus 22:21. A cara de César ainda está no dinheiro, mas a Tua JESUS está no rosto dos homens, dos fiéis, dos pequeninos, dos esquecidos. Que os líderes religiosos deixem o poder e o domínio com os governantes desse mundo e se querem governar e exercer domínio aproveitem a democracia e reconheçam que todo governo nesse mundo é de César, mas o governo religioso pertence somente a DEUS.
26. Quando os apóstolos pensaram em um governo religioso liderado por CRISTO e partilhado com eles, “JESUS, chamando-os para junto de Si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Marcos 10:42-45.
27. Enquanto os fariseus exerciam governo religioso sobre as pessoas, elas não puderam receber o único e verdadeiro Pastor nem entrar no Reino de DEUS e eles mesmos enquanto exercem administração religiosa não dão a DEUS o que é de DEUS. Aprisionam as pessoas a si mesmos, a sua forma de fé. A vida dos homens que confiam em sua liderança religiosa é transformada em base da pirâmide de seu governo religioso.
28. Quando JESUS falava Reino dos Céus, é porque ele é dos Céus mesmo e não da Terra. Continuo orando “venha o Teu Reino” porque o Reino dEle está vindo, mas enquanto ele não vem é um Reino espiritual. “Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de DEUS, Jesus lhes respondeu: Não vem o Reino de DEUS com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de DEUS está dentro de vós.” Lucas 17:20-21.
29. Quem rejeita qualquer governo religioso e faz de JESUS seu único pastor, vivendo Suas práticas de caridade, está vivendo a religião de DEUS. O que passa disso é religião de homens.

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